terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pra Ser Amor

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Envolta de sonhos e magias,

Trilhando um caminho da mente,

Emito sons dos mistérios da alma.

Corro livre junto ao vento,

Busco vozes na memória,

Até alcançar as histórias perdidas

Do meu tempo.

Cavalgo pelos sonhos,

Navego numa saudade,

Passeio livre por meus pensamentos.

Brinco de ser tu alegria,

De fazer parte sua emoção,

E assim,

Caminho tranqüila numa ilusão.

Na minha mente,

Escrevo meu nome em tua vida,

Finjo me instalar no aconchego de teu coração.

E nessa utopia,

Faço parte de você,

Sem você me perceber.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu amo teu doce olhar.

E na tela é tão fácil te amar.

Leio e releio cada palavra,

Explode em mim um mar de encontros.

Seria tão bom te tocar.

Perco-me nas possibilidades de teu ser.

E em todo raro encontro

Fica muito mais cálido esquecer

Que jamais terei meus sonhos nas mãos.

Que essa distância mais me encarcera que liberta.

Que minha razão perdeu toda noção.

Dos caminhos, distancia e solidão que cerca.

E não posso te ter.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

POR UM SONHO - Tércio Farias.

Muito mais pela simplicidade, ou pelo prosaico amanhecer, fez-se o encanto.
Não por buscar, não por querer...
Mas por ser tão verdadeiramente especial.
Mesmo tão distante, o encontro do sol com o mar acontece todos os dias,
E se por ventura não acontecesse, que mal haveria um devaneio?

Buscando consolo para a caprichosa distância,
minha leveza torna-se cada vez mais pesada.
O laço forte está dado.
O apaixonar tornou-se fato.
O tocar não será ao acaso.

Cada dia se adia, numa teima incessável de espera que mais parece infinita.
Espera esta, que tem em si a ansiedade
do dia que nosso sentimento se fará vida,
e minhas mãos poderão tocar
os seus cabelos num gesto pleno e perfeito .
(Tércio Farias)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre Expectativa, Relacionamento, Prontidão e Si-Mesmo.

Ao terminar de ler um livro, o qual considero uma obra prima (A CABANA), uma centena de questionamentos me invadiram a cabeça. E com eles, as respostas para aquilo que eu considerava correto acreditar. Comecei a pensar nos Mandamentos. Mas como assim Mandamentos? Os de Deus, os de Cristo? Sim, eles mesmos. Não matarás, roubarás, julgarás, amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo... e assim segue. Isso, biblicamente falando, nos levaria a salvação eterna. Guiar-nos-ia ao caminho do bem. Mas qual de nós é suficiente bom ou correto, para cumprir tais Leis. E repare, refiro-me a Leis, por que são exatamente o que são. Como o próprio nome sugere, são normas “Cristãs” para alcançar a salvação. O que mais me intriga nessa questão é: - Onde se encaixa o Livre-Arbítrio numa crença onde existem normas, Leis, Mandamentos? Nesse ponto, me cabe a dúvida de uma distorção, entre a política religiosa e a Prontidão de Deus sobre nossos atos. É, Prontidão, não expectativa. Colocando-se Deus na expectativa dos nossos acertos, estaria Ele nos castrando do direito do erro, haveria a decepção de sua parte, pois inevitavelmente erramos, aliás, fomos feitos pra isso e a partir disso, do nosso erro, buscar a perfeição. Do contrário, não teríamos o Livre-Arbítrio, e não seria Ele, o Deus perfeito, tal qual nos pregaram em tantas oportunidades. De contra partida, estando Ele de Prontidão a nós, usufruímos de nosso poder de mudança, carta branca que nos foi concedida desde o começo da humanidade, amparados em qualquer momento de necessidade.

O que digo pode parecer confuso nesse primeiro momento, mas me farei entender, utilizando como base um exemplo que li no livro citado acima: Quando nos relacionamos, seja qual for o universo da relação, só podem existir dois tipos de sentimentos e esses não convivem no mesmo universo afetivo, ou seja, ou o que vos une é um, ou o outro. Refiro-me ao sentimento de Expectativa, e o do Prontidão. Uma amizade, por exemplo. Quando o sentimento que une você e um amigo, são de expectativa, em algum momento, essa amizade tende a se desfazer. Pois um fará valer do seu direito do erro, levando o outro à decepção e tristeza. E isso não tem nada haver com o amigo protagonista do erro, tem haver com o outro, o que se sentiu traído, magoado. Tem haver com a projeção que fazemos no outro, de um ser incapaz do erro, erro esse que também intimamente não somos capazes de assumir que poderíamos ter cometido. Em suma, projeta-se no outro, tudo que não queremos pra nós. Um pré julgamento, um preconceito, uma definição “concisa” do que o outro é. Castrando-o assim do seu direito de erro, do seu Livre-Arbítrio. Se ao invés da expectativa, criarmos um relacionamento baseado na Prontidão, a vontade de relacionar-se passa a co-existir, dando espaço principalmente na nossa projeção no outro. Não esperamos que o outro sempre acerte, por que acreditamos em nosso próprio erro, não o julgamos, por que não gostamos de ser julgados, não taxamos de perfeito, por que sabemos que perfeição não nos comporta. Mas estamos sempre prontos a entendê-los e ouvi-los e aceitá-los como são, por que é assim que gostaríamos de sermos amados. Aí você me pergunta: - Então o relacionamento baseado na Prontidão, é maior que o baseado no amor e nele não comporta a tristeza e decepção? Não! O relacionamento de Prontidão nada mais é que o próprio amor na sua incondicionalidade, e nele existe sim a tristeza e a decepção, mas existe acima de tudo Prontidão, ou seja, Amor Incondicional. Como amar os filhos. Não os deixamos de amar por que eles decidiram fazer, no seu uso de Livre-Arbítrio, uma escolha que não condiz com a que faríamos. Isso nos entristece, nos magoa, mas o amor que sentimos por eles continua lá, intactos.

O mesmo acontece nos demais relacionamentos. Se há a expectativa, haverá de conseguinte a tristeza, decepção e o fim.

Estendo também esse meu ponto de vista a relação com o Si-Mesmo. Não criando essa expectativa no meu relacionamento comigo, posso superar meus medos e limites. Por que cultivo a Prontidão em me perdoar. Não tenho que ser sempre certa, não preciso estar em estado de vigilância. O meu amor incondicional por mim me permite cometer erros, pra mim e para os outros. Pois sou segura de minha paz interior. E respeito os meus sentimentos. Aliás, mais que respeito, eu os encaro. A Prontidão a Si-Mesmo, vai muito além de fazer o bem, corresponde a fazer o certo, vai muito além da busca da Paz, pois acima dela e o caminho dela está diretamente ligado com encarar os medos. E isso não condiz com a auto-proteção. Aja a felicidade ser um risco. Procurar em pequenos atos um fio de harmonia consigo mesmo. Como as desculpas que damos, geralmente, ao esconder alguma coisa, fato, ou sentimento de alguém. No geral, dizemos que a omissão, é um escudo pra poupar o outro. Uma mentira foi dita pra preservar aquele que ouviria. Isso é a mais pura falta de coragem. O que nos leva a contar uma mentira, ou omitir um fato, nada mais é que a auto-preservação. Medo de encarar, não a reação alheia, mas falta de tato para se colocar na posição de receptor dessa reação. Soubéssemos nós, antecipadamente que a reação gerada por contar a verdade, será aceita de coração aberto, a mesma seria contada de imediato, pois não teríamos que encarar os efeitos em nós. Em suma, criamos expectativas em relação ao outro, por isso não confiamos nele integralmente, bem como criamos em nós, e assim não encaramos os nossos medos e o risco da verdade.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Encerrando Ciclos

Escrevo hoje pra me justificar.

Depois de muito tempo sem escrever, ou mais precisamente, sem postar nada, venho hoje pra dizer que passarei mais um tempo sem visitar meus amigos queridos, meus posts amados e sem colocar minhas palavras, loucamente descritas aqui. O por quê? Recesso! Minha mente entrou de férias. Dando lugar ao prático, ao real, ao palpável e possível. Começando hoje, uma faxina geral, desde o guarda-roupa, passando pelo quarto, sala, cozinha e banheiro. Entro também no meu mundo e organizo meus órgãos. Cabeça que ser pulmão, coração que acha ser a cabeça de tudo, olhos que acreditaram ouvir e boca que esta utilizando ultimamente apenas pra respirar. Enfim, uma desordem. Estou praticando o desapego. Jogando fora tudo que me fazia meio bem, tudo que me fazia meio feliz, meio organizada, meio motivada. Abrindo espaço em minha vida para o novo. E não aceito nada usado. Quero novo! Novos olhos, que funcionem direito, que vejam exatamente as coisas como são, ouvidos que entendam o que querem me dizer, pernas que me levem a lugares que me engrandeçam, uma cabeça que pense claro e principalmente um coração que bata por mim! O meu já não fazia mais isso. Rsssss. Se sou a mesma? Sim, sou a mesma! Em essência continuo exatamente igual. Gosto das mesmas coisas, aprecio os mesmos perfumes, cultivo os mesmo girassóis, só que agora, pra mim. São partes do que sou.

Rasguei meu livro. Não condizia mais com minha realidade. Tirei papéis, limpei caixa de e-mail, me livrei de elos anelares que me prendiam a uma realidade meio matrix. Paralela ao que de fato tenho que viver, enxergar. Confesso que o receio me tomou algumas vezes, mas mudanças são necessárias. Passar a entender, que o sol será sempre o sol, a lua, sempre a lua, mesmo apaixonante e apaixonada, estará sempre lá, não é minha, nem sua e ao mesmo tempo de todos. Sem direito de propriedade e de uso fruto geral. O incondicional limita, mas também liberta. Sendo incondicional, aonde quer que se vá, estará sempre presente. E é isso que busco. Ir, longe e além dos limites. Fica muito chato andar, quando se aprendeu a voar. Eu ganhei minhas asas e por uma medo banal, me limitei a caminhar. Poderia ter evitado mil tropeços, cai muito mais no chão, pisei em espinhos, cortei os pés, quebrei a cara. Então, pelas asas a mim fornecidas, faço-me do direito de ir além do horizonte.

domingo, 2 de maio de 2010

Numa dessa noites
Em que a chuva bate lá fora,
Bateu também em minha porta
A tal da solidão.
Num som desolador, me pediu pra entrar.
Não pude evitar.
Me afastei, de passagem pra ela.
Calma e terna,
Como sempre foi.
Tomou aos poucos o espaço
Que eu guardava tão atentamente.
Nada dali sobrou de meu.
Deitou-se em minha cama,
Cobriu-se com meus sonhos.
Pegou meu coração.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Viver por viver

Mesmo que eu olhe pro céu,

Tentando enxergar você

A estrele que vejo,

Faz-me entender,

Que o mundo de sonhos acabou,

Que a luz que vejo no céu, apagou

Não representa mais o brilho

Do seu olhar.

E tudo que parecia meu,

O mundo ganhou!

Mergulho no mar, pra te sentir,

E a mesma água que antes batia em mim

Hoje queima meu coração!

Num ato de gratidão,

Deixo cair minhas próprias gotas salgadas.

Que rolando pelo meu rosto,

Ganham à imensidão.

E assim, eu clamo a Deus,

Ou pra te tirar de mim,

Ou pra me levar daqui!

Dessa vida que não quero ter,

Desse amor que posso conter.

Dessa vontade de correr os teus passos,

E encher o vão dos meus braços,

Do tudo que és pra mim.

Entre o tudo que és

E o nada que tenho,

Ficaram guardadas

Pequenas palavras soltas ao vento.

E eu louca paro pra ouvir.

Caminho num campo de ilusões

Vejo uma flor, que nem pétala restou,

Não há bem – me – quer – mal – me – quer ,

Há, nem ver, mas me ter,

E no viver, por viver,

Eu clamo a Deus,

Ou pra te tirar de mim,

Ou pra me levar daqui!

Dessa vida que não quero ter,

Desse amor que posso conter.

Dessa vontade de correr os teus passos,

E encher o vão dos meus braços,

Do tudo que és pra mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vazio mesmo é perder a solidão.

Querer o silencio,

O só, o nada, o vão!

Acumular vozes perdidas na mente.

Tentando esconder o que sente.

É se ver envolto em um mar de rostos.

Preferindo o infinito do poço.

Querer cair no “eu”.

E esbarrar em todos.

O que terá de seu,

Alguém que até a solidão perdeu?

A loucura talvez,

O escudo de sempre,

A mentira outra vez.

Esboçar um riso,

Quando a vontade é chorar,

Falar manso,

E no íntimo gritar,

Ter o corpo aquecido,

E sentir o coração gelar.

E no tempo que se perde

Tentando não desistir

Vou maquiando minhas dores.

Criando um vazio em mim.

domingo, 21 de março de 2010

Eu neguei...
E atire a primeira pedra quem nunca negou!
Quem nunca deu as costa pro seu coração.
Pra que assumir se é mais fácil desistir.

Me condenei...
Em não assumir com força a minha paixão
Me diga o que é pior do que a solidão.
Não vejo mais a flor do sol nascer no teu olhar...
Não vou aceitar

Entendi....
Minha história é nada...
Fiz do meu mundo o teu amor.
E descobri que sem você, sou farsa.

Esperar, que você entenda.
Desde que você me amou.
Teu lugar passou a ser na minha vida.

Não sei bem.
Quantas vezes ao ligar você se enganou
Ligava pra ouvir a minha voz dizendo alô
Pensava se era melhor ouvir ou desligar.

Se convencer
Justificando a dor que te aperta o coração.
Tentando se agradar numa vida que não tem paixão.
Não deixas mais a flor do sol brilhar no teu olhar...
Pra que negar?

Entender
Sua história é nada...
Fez do seu mundo meu amor.
E descobriu que sem amor, és farsa.

Esperar, por uma saída
Desde que amei você
Meu lugar passou a ser na sua vida.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Como disse Renato Russo: Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim!

Sabe-se lá! Ou melhor, eu sei!

Vagando entre sonhos e realidade,

Entrando em um, saindo de outro,

Como quem vagueia na noite de chuva,

Sem direção, osmoticamente.

Agindo da maneira fast-food, de viver.

Criando razões pra sorrir,

Escondendo-se das intenções de chorar!

Está no meu pensamento,

Olhos e palavras.

A que escrevo todo teu ser.

Está na net, no celular.

Na proximidade fria, moderna, óptica.

Está na ausência do corpo,

No cheiro da lembrança,

Na loucura do querer e não poder.

No mundo da lua,

Da minha lua, do meu sol.

Na tua música, no teu sono.

Está em verdade na tua solidão.

Cercado de rosto que não te querem ver.

Indagando caras e caretas tuas,

Impossíveis de te compreender.

Estás num violão,

Doce companheiro

De lágrimas que não correm nunca.

Está no freio que cala o “EU AMO VOCÊ”.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quando eu conseguir soltar esse grito que sufoca minha alma,
terei certeza da libertação do meu coração.
Não mais temerei olhar nos teus olhos,
Já não me importarei com teus inúmeros sorrisos.
Serei apenas eu, vivendo a plenitude de meu ser.
Egoísta, descarada e loucamente vivendo.
Mas isso, apenas quando eu conseguir soltar
Esse grito que sufoca em minha alma.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Como pode caber tanto sol, numa esfera tão pequena?
O mesmo olhar que aquece a alma, devasta o coração!
Onde nem mais a solidão pretende ficar.
Perdeu espaço para o conformismo. Esse sim é companheiro.
Caminha no silencio do ser, incontido.
Não esboça sorriso, não contempla a lua
Nem é amigo das noites.
Apenas paira no infinito da alma.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Gente, recebi o verso abaixo por e-mail, de uma pessoa que se identifica apenas como "Mar de Amor". Postei-o aqui em forma de agradecimento ao mesmo.

Teu olhar é paz!

Tem gosto de banho do mar,

Com direito ao sol brilhando no céu

E uma sombra pra descansar.

Quando sorri,

Sinto a brisa no meu rosto.

Tocando leve e com gosto

De neblina ao luar.

Palavras essas que não fiz,

Apenas juntei pra ti,

Pra dizer o quão doce me faz sonhar.

Sem pretensão corrente,

Aceita meu presente,

Esse poemete

Que de ti me faz lembrar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E num inverno, assim calado
Ninguém sabe ao certo as dores minhas.
Das noites que passei.
Dos sonhos que deixei de te falar.

No silêncio do meu frio
Procuro meus sentidos nos caminhos
Que deixei passar.

E nessas noites
Até minha esperança me abandona
Desistiu de perdoar.
Não sei se esse sou eu.
Ou reinvento um novo agora
Pra não te amar.

Num descuido, o pensamento
Revive cada instante, cada momento
Dos muitos que te dei.
Das palavras que usei pra te agradar.

Mais uma vez eu passo
Procurando meus sentidos nos caminhos
Que deixei passar.