sexta-feira, 27 de março de 2009

Eu procuro em cada rosto
Uma parte do sonho que perdi
Numa rua, numa praça,
Num caminho que não escolhi.

A certeza que tinha
Se foi com a chegada do pensamento
E os velhos vultos são meus alentos.

Olho para frente, sempre.
Mas algo me faz vacilar
Tenho no rosto o sorriso seguro
Que meu coração que enganar.

E se passa por mim o tal sonho perdido
Ainda não pude ver.
Ele passa por mim escondido
É sonho que não pude ter.
Reagir...acordar.
Ainda que necessário
Rasgar o que se leu, escreveu.
Esquecer lua, sol, Sé.
Matar os girassóis.
Cultivar cravos, jasmins.
Ainda que preciso
Mudar de autor, compositor.
Esqueça a música, o lugar.
Renove, mude, mate.
Negue, sempre.
Sim! Negar! Comece por isso.
E tudo vai acontecer diferente.
Aceitar o que não se pode mudar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Poemetes Diversos - Tripla Inspiração

Eu, vi.
Vi você cantar alto e sorri como criança.
Vi seus olhos enchendo de lágrimas
Com lembranças boas.
Vi você de pé, num barco, gritando.
Coisas que só pra nós fazia sentido.
Vi você lindo.
Vi seus sonhos e desejos.
Senti tua alma, e tua vida.
Eu tinha perto,
Um mar de champanhe,
Lua e estrelas.
Mas foi você que me inebriou
Foi em você que eu consegui
Perceber isso junto.
E a você que decidi
Entregar o meu amor eterno
Naquela noite de maio.

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De todas as estrelas
Que já pude ver
Tu és a mais linda
Clara e reluzente
A que mais aquece meu coração
A que dedico meus dias e noites.
A que, de tamanho fascínio,
Me faz rir e chorar.
Não há hora em meu dia
Que não perceba o teu brilho
E não há chuva à noite
Que me faça esquecer-te.

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Eu escolho a solidão
Nela não mora meus medos,
Não mora meus sonhos
Não mora minhas desilusões.

Eu escolho minhas noites com sol
Nelas tenho tudo que amei,
Guardado na parede,
Na lembrança.

Eu escolho as palavras não ditas,
Elas não me iludem,
Não me acariciam.

Eu escolho o que sempre tive,
A certeza do que mereço,
Só lembrança de um beijo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu amei, claro!
Posso dizer que sim.
Fui feliz, cantei e escrevi esse amor.
Juntei lua, sol, letras e flores,
Dentro de um sonho que acabou.
Foi tudo muito mais do que podia.
Eu chorei sim, claro!
De dor, tristeza e solidão.
Juntei silêncio, frio e escuridão,
Dentro de um coração que ficou.
Que hoje bate ao som de um violão.
Sem nota, sem corda, sem vida.
E tudo foi muito mais do que podia.