quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Temos velhos costumes de guardamos sentimentos velhos, sentimentos que já não nos dizem respeito, que não combinam mais com nosso jeito, com nossas vidas, coisas que cismamos em cultivar. Lembranças de dores passadas, mágoas, desconfianças, rancor. Tal qual objetos antigos, aqueles que guardamos por anos sem uso algum, estaremos ocupando o espaço que, certamente, é de uma coisa nova. E tanto essas coisas como os sentimentos devem ir para o lixo. E sabe por que guardamos? Só guardamos aquilo que tememos sentir falta, que criará vazio, por pura carência ou vaidade. Essa falta de arrumação, enviam duas mensagens ao cérebro, a primeira é não confio no meu futuro, e a segunda, o novo e o bom não são para mim. Procure botar a cabeça pra funcionar e cria mensagens que te dê coragem a dar passos, mesmo que pequenos hoje, mas sinceros e rumo ao objetivo de ser inteiro. Certamente existirão fases em que as coisas andarão mais devagar. Mas procure reparar que às vezes, esse monte de passinhos, viram um salto. É quando a vida parece mudar repentinamente, sem lembrar que tudo foi plantado, construído, que se teve trabalho, sim. A solidão, a tristeza, dor, desilusão, dúvida, ódio, todos esses sentimentos estão presentes no nosso dia-a-dia, mas, eu cresço quando os enfrento… Amadureço quando encaro e luto! E brindo comigo mesmo cada vitória conquistada. Não freio esses sentimentos, nem tão pouco dou a eles uma proporção maior, que eles mereçam, a vida ensina a enfrentá-los e quando sinto que eles cabem na palma da minha mão, percebo que subi mais um degrau na escala da maturidade! É conveniente acreditar em coincidências e em destino, mais ainda é colocar na mão de Deus o seu futuro. E não estão erradas de modo algum, mas tente conciliar essas crenças, com a ação e a palavra “conquista”. Acredite sim, que há um traço direcionando para aquilo que herdamos de nossos pais, com suas crenças e vivências, mas que, fundamentalmente, criamos a nossa história sempre que damos lugar ao novo e, principalmente, em tudo que é realmente importante para nossas vidas. Guardar velhas tralhas, cultivar velhos sentimentos, mergulhando–nos compulsivamente em flashbacks, tudo para ter uma centelha que ilumine nossas mentes de como achar uma saída, quando a verdade a saída é sempre a mesma, arrumar a casa, a alma, a cabeça e coração... A vida é água corrente, e estamos no meio dela. Se tentarmos prender seu curso, seremos afogados. Isso não significa não lutar pelo que se quer. Mas as mudanças batem em nossa porta e giram em torno de nós. Temos que acompanhá-las. E não acompanhando-as pelo amor, seremos obrigados a fazer pela dor. Tendo em vista que algumas coisas vão muito além do nosso desejo pessoal. Não tenha medo, há vida no risco, há desejo, pulso, energia, movimento. Vá lá e confira. Experimente. Aprenda. Mas seja sempre feliz em sua vida e em tudo que fizer!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Na parte das condolências de um razoável jornal da cidade, lia-se o seguinte pesar:

- Morreu hoje, de cansaço, frustração e tristeza, a maior das virtudes. Cheia de paciência, lutou até o ultimo momento. Muito fraca, com pouca vitalidade, lutou contra o pessimismo e a intolerância, contra os acontecimentos adversos e em sua última batalha não suportou as dores da vida e veio à óbito com causa morte descrito como “DIVERSOS”. Foi velada sem nenhuma homenagem e nenhum único companheiro apareceu para a sua despedida, tendo em vista que de sua linhagem, foi a última a partir. Dedicou a sua vida aos menos corajosos, aos menos decididos e determinados, trilhou sua jornada em cima de grandes esperas e incentivos. Aliou-se várias vezes a Fé no intuito de conseguir mover o mundo. Em sua placa fúnebre, havia os seguintes dizeres: - Aqui jaz ESPERANÇA, sempre companheira e dedicada.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Non mi aspettavo che la tempesta di sentire voi
Sono uscitto e ho ballato sotto la pioggia.
Ho cantato ad alta
Volò anchora più in alto.
Con gli angili,
Con voi.
Sogni, sogni d'oro matto.
Volo pazzo dulce
Dulce vole mio...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Há muito estava pra fazer uma postagem em meu blog. As palavras me vinham na mente, mas não conseguiam tomar a expressão e forma que me agradasse. Não que eu escreva pra ficar bonito, mas necessito da clareza nas palavras pra me fazer entender. Mil ideais, mais de mil acontecimentos. Tudo me vinha em inspiração. Então resolvi juntar tudo num só post e aqui está.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a cada pessoa que passou na minha vida nesse ano. Todos, sem ressalva. Aos que me acompanham de muitos anos e continuaram me aturando, me suportando. Aos que chegaram nesse ano mesmo e ficaram, por opção ou falta dela. Aos que me deixaram, principalmente a esses que me deixaram. Seja por qual motivo tenha sido. Certamente deixaram também no meu coração um vazio que me fez crescer. Aos que Deus resolveu me tirar (Meu amigo Sergio e minha Prima Keyla). Esses são vivos, independente dos acontecimentos, em meu coração. E os amarei incondicionalmente, como tudo que amo. Agradeço ainda mais aos que me ajudaram de alguma forma. E principalmente aos que me deixaram lhes ajudar. Aos que me perdoaram e aos que aceitaram meu pedido de perdão. A minha filha, linda, e não é exagero não, é linda mesmo. Ao pai de minha filha, que tem um GEM bem fraquinho e por isso ela nasceu parecida comigo. (Isso é brincadeira). Mas agradeço a ele também. Que independente de fatos, me ensinou muita coisa.
Agora a pergunta que não quer calar: Por que tantos agradecimentos? – Não sei! Só fiquei pensando esses dias o quanto cada pessoa que convive conosco, ou apenas passaram por nossas vidas são importantes pra nós. E na maioria das vezes, não nos damos conta disso. As vezes brigamos, e dizemos coisas que na hora é verdade, mas não a verdade absoluta. Por brigamos apenas por saber que quando sairmos e voltarmos, essa pessoa estará exatamente no mesmo canto, lá, ou para brigarmos novamente, ou para fazermos as pazes. Jamais imaginamos que aquela discussão será a última coisa que faremos ao lado daquela pessoa. E em sabendo, dispensaríamos as agressões e certamente nos deteríamos aos carinhos, as palavras doces, as verdadeiras, aquelas que esquecemos num momento de insensatez, mas na verdade é a que nos move em direção ao que amamos. Andei pensando nisso, por que nunca nos limitamos a falar do que não gostamos, mas nos detemos em frente às pessoas, para dizer-lhes o quanto foram, são e serão sempre fundamentais nas nossas vidas.
Estou escrevendo isso hoje, por (a maioria sabe) que perdi, ou Deus resolveu levar, duas pessoas que eu amava muito. Sérgio, meu amigo, que eu tive a oportunidade de dizer-lhe a cada momento que conversávamos, que o amava, e se foi sabendo disso por minha própria boca. E Keyla, minha prima, criada junto comigo, na mesma casa, curtindo as mesmas coisas. Mas que jamais ouviu de mim, o quanto ela era importante, o quanto era amada e querida. Demonstrava isso agradando o seu filho, que é uma criança linda e que hoje diz que sua mãe virou uma estrelinha. Todas as noites ele coloca a cadeira no terraço e conversa com ela por alguns instantes, até se distrair e ir brincar novamente. Foi preciso ela ir embora, pra que eu notasse o valor que ela tinha. E hoje, o que mais dói é saber que jamais terei oportunidade de dizer-lhe isso. Embora saiba que aonde ela estiver, está ciente disso.
Então, depois de linhas e linhas escritas, eu gostaria de lembrar a todos, que nunca é demais dizer e expressar o amor que se tem a uma pessoa. Faça isso, não perca a chance. Pode ser a última! E mesmo sendo nefasto pensar assim, a possibilidade existe. E só Deus saberá se é real ou não.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

QUEM ÉS?

No verso negro do teu ser
Vi alguém chorando:
A cada soluço do teu pranto
Sentia o meu ser entristecer;

E ao ver os olhos teus, entretanto,
Vi que uma lágrima ao descer
Fez o meu rosto parecer
No teu rosto, como encanto!

Esse teu outro eu, oposto,
Era o contrário do meu gosto,
Tua maior contradição.

Era uma infeliz alegria,
E se era
noite ou se era dia
Eu já não tenho mais noção
.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

POEMA DE NILSON RUAS

Amor é substantivo, não se conjuga, é concreto armado, construção nem sempre segura e feita em sólidas bases.
Há amores que se desfazem e há amores que perduram.

Amar é verbo transitivo, pode-se amar em todos os tempos. Mas como verbo transitivo, que significa passageiro, é preciso conjugar.

Sem o Amor, o Amar não tem esteio, é como querer um rio sem veio d’água. E de um rio que não tem veio, de onde a água virá?

Não sei se me explico direito. Se me faço entender do mesmo jeito que o Amor se faz.
É claro que não. Eu sou apenas um homem, meio sem jeito.

E o Amor?
Ah, o Amor é perfeito e Amar é sentir o teu coração no meu peito e então dormir em paz.

( ~~~~ )


O vazio que me cerca, sufoca.

As vezes, até o silencio me ensurdece

E eu ligo!

Na resposta demorada

Digo que não é nada.

Me vem a certeza que

Do nada que me cerca

Meu tudo é você.

E o tempo se vai.

Entre o meu nada e o meu você,

Ecoa apenas o sinal

De chamada terminada.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

GERÚNDIO DA SILVA

Gerúndio era uma criatura simples e viveu assim:

- Andando; - Conhecendo; - Escrevendo.

Apaixonando.

- Namorando; - Sorrindo; - Brincando.

Desiludindo.

- Chorando; - Sofrendo; - Deprimindo;

Amadurecendo.

- Criando; - Trabalhando; - Lutando;

Reerguendo.

- Pesando; - Moldando; - Montando;

Fortalecendo.

- Lendo; - Relendo; - Estudando;

Aprimorando

- Sonhando; - Crescendo; - Buscando;

* Gerúndio agora está VOANDO!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

BALADA PARA UM LOUCO!!!

Num dia desses ou, numa noite dessas
Você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
Ou, sei lá, pela sua vida,
Quando de repente,
Por detrás de uma árvore, apareço eu!!!

Mescla rara de penúltimo mendigo
E primeiro astronauta a pôr os pés em vênus.
Meia melancia na cabeça,
Uma grossa meia sola em cada pé,
As flôres da camisa desenhadas na própria pele
E uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.

Ah! ah! ah! Você ri...
Você ri porquê só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
O semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim,
Juro, vem, vem, vamos passear.
E assim meio dançando, quase voando
Eu te ofereço uma bandeirinha e te digo:

Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
Bailando ao meu redor, te chama: vem voar.

Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
...talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.

Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
Quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
E com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.

Louco, louco, louco, louco, louco!
Como um acróbata demente saltarei
Dentro do abismo do teu beijo até sentir
Que enlouqueçi teu coração, e de tão livre, chorarei.

Vem voar comigo querida minha,
Entra na minha ilusão super-esporte,
Vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.
Ah! Ah! Ah! Do Vietnã nos aplaudem:

Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança
Repetem a cirandaque eu já esqueci...
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.

Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr!!!
Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores
Vamos fugir, buscar,
Numa corrida louca o instante que passou,
Em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr!!!

Ah! Ah! Ah! Ah!...
Viva! viva os loucos!!!
Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Deixamos o amor passar

E depois nos lamentamos

Por que ele não aconteceu.

Deixamos a vida nos levar

E depois reclamamos

Que não somos culpados

Vemos a distancia se estabelecer

E acreditamos nela

Como o melhor pra nós.

Medíocre perspectiva.

De sonhos, sempre sonhos,

Nada mais que sonhos.

E quem inventou essa história

Do melhor sempre vence?

Não existe um melhor.

Existe o mais insistente.

Alimentamos os nossos medos

E se são eles que corroem nossos desejos

Então somos nós

Os verdadeiros culpados de nossos fracassos.

Por que se um dia

Eu acordar e quiser dançar na rua

Em ritmo de valsa

Um som de Janis Joplin

Lembrarei que foi a

Maior loucura que já fiz.

E como posso ser feliz

Se eu mesmo taxo minhas vontades

De loucura.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cirque du Pauvreté x Cirque du Soleil

Do meu camarote vi crianças fazendo malabares e equilibrismos, pés e mãos no asfalto quente, girando com o tempo do vermelho que corre no alto de suas cabeças. Antes, o verde que simbolizaria a esperança, sinaliza mais um tempo perdido. Aplausos não irão satisfazer-lhes a fome. Corre com as mãos de vidro frio em vidro frio, na busca do agradecimento necessitado. Naquele momento, não me lembrei pra quem iria o ingresso cobrado. Observei que ali, no ato de sua apresentação, fazia esquecer-se os sonhos de uma criança. Deu-me um aperto no coração. Há quem acredite que o espetáculo não vale um centavo. “Trabalham pra sustentar suas mães vagabundas”. O que não é de todo errado. Mas como explicar isso, não há uma criança, mas ao seu estômago barulhento com ruídos do vazio? Essas apresentações do “Crique du Pauvreté”, dão-se na saída de um famoso centro comercial. Onde muitos entraram, enfrentaram filas gigantescas pra comprar seu tão indispensável ingresso para o não menos famoso “Cirque Du Soleil”. As apresentações do nosso circo da pobreza, não chamam muita atenção, uma vez que se repetem de semáforo em semáforo. Mas é comovente certamente.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

AMAR COM RESPEITO

RESPEITO é fundamental. Não me referindo aos respeitos morais, sociais ou culturais. Refiro-me à pessoal!
Condutas, aquilo que o(a) torna singular a sua essência equivale ao seu VALOR! Entretanto, é comum parecer que o amor não requer ética alguma; que por ele (o pseudo amor) vale tudo, qualquer coisa para viver esse sentimento. Será?!?
Não estou, em absoluto, regrando o que venha a ser certo e errado, visto que esses são valores individuais; sendo assim, o único coração que posso afirmar conhecer em verdade, é o meu. Mas andei olhando carinhosamente pra mim, um olhar atento. Vi-me, mas reconheci não só a mim. E confesso, não gostei do que vi.
Amar no estilo fast de viver. Quantas vezes nos deparamos com isso no dia-a-dia, propaganda, televisão, filmes, incentivando o sexo sem compromisso, os envolvimentos fugazes, passageiros, como se até realmente o amor tivesse definitivamente entrado nesse estilo fast.
Nossa, por experiência própria eu sei o quão difícil é avaliar os riscos de uma relação, em especial, por que se trata de duas pessoas, dois corações, dois seres com razões e emoções diferentes entre si. Mas temos que ser responsáveis pelo que somos, pelo que pensamos e pelas nossas escolhas e limites, por nossos atos e também, a falta deles.
Você acredita ter ética? Até onde o romantismo do amor incondicional vai ocupar o espaço na sua realidade, até onde você acredita que vale chegar para vivenciar uma relação? E o preço? Será que desistir não seria mais saudável? Quanto de dor tem que doer para entender que, diante de sua própria dor ou da dor do outro, o melhor é rever seu lugar, sua postura e suas escolhas?!?
Entre a guerra diária, o vale tudo, a falsidade mantida em algumas relações, ou a esperança que essas relações aconteçam, parece que a única semelhança é a inconsistência. Não existem motivos para uma relaçação realmente consistentes, não existem motivos para o amor; isto é, falta motivação para o coração. E nesse caso, a falta equivale à inexistência. Não existe esse gancho que una o desejo à coragem de expor os sentimentos.
Saber o que é certo ou errado, não consigo avaliar. Não tenho essas respostas Não pra você, as tenho pra mim. Ando pelo meu caminho e cada um no seu. Ou seja, de sua ética é você quem deve saber! Mas não seria ideal que cada qual, de vez em quando, desse uma olhada pra si, com esse carinho, com essa atenção. Não julguemos, não sejamos preconceituosos, não queiramos ter a verdade absoluta, não sejamos vaidosos, ou prepotentes. Vamos apenas respeitar a nós, nossos sentimentos, nosso amor próprio. Respeitar nosso limite, sem impor eternos ou incondicionais. Vamos apenas respeitar nosso coração... ainda que isso signifique abrir mão de uma relação ou de um desejo de relacionar-se... por amor a si mesmo e ao outro!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Às vezes fico assim, sei lá!

Há muito chorei as lágrimas dos velhos motivos. Apenas tenho a sensação que meu dia não amanheceu. Que ainda é noite. E nas janelas de minha alma, correm, ou querem correr, os resquícios da garoa que caiu em algum momento. Nesses dias/noites, meu coração se fecha. Meus olhos olham muita coisa, mas não enxergam nada. O que me falam não tem alcance à minha mente, mas ligação direta com um sorriso falsamente projetado. Por que em minha cabeça só há espaço para minha tristeza sem razão, sem fundamento. Só há lugar para o meu autismo temporário. Me perco no meu infinito particular, onde nem meu consciente saberia descrever onde, como e quando essa tristeza me tomou. O pior é não me sentir menos “eu” por está assim. Mas querer me esconder do mundo.

sábado, 6 de junho de 2009

12 de JUNHO

No dia dos namorados, que seu olhar apaixonado encontre o alvo de sua paixão.Que você sinta o romantismo pairando no ar. Leveza, alegria, paixão, sorriso. Que tudo se misture num ritmo acelerado das canções de amor. Que toquem lentas. Que seja delicado(a). Que as palavras saiam com lirismo. Que não haja nesse dia você e ele(a). Não importando o tempo de união. Que nesse dia conte mesmo a intensidade vivida. Que seja relembrado por que escolheram estar juntos. Brinde sua vida, seu amor, sua sorte. Sim! Sua sorte! Dividir vivências, compartilhar alegrias, conquistas, e/ou problemas. Se puder, presenteie, beije, abrace, dance. Juntinho, de rosto colado. Com ou sem música. Mostre de alguma maneira o quanto esse dia é especial. Não pelo simples fato do dia, mas por ser você agraciado com um sentimento tão raro. Cultive a paz, a atenção. Tenha cautela. Cuidar muitas vezes se confunde num ato sufocante. Apresente sua individualidade, preservando o conjunto da relação. E principalmente, leve sempre consigo a certeza de que “dia dos namorados” é hoje, amanhã, depois e pode vir a ser todos os dias, desde que haja compreensão mútua. Desejo a todos um dia iluminadamente romântico.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sentimento retomado,
Nos olhos a imensa dor,
Sei que palavras te desagradam,
Empresta-me teu calor.

No teu olhar profundo infindo,
Fiz nadar meu coração,
Em sabores e melindres
Caminhos de perdição.

Foi sentimento enluarado,
Em ondas latentes de calor
Corpo aberto e desgarrado,
Sempre sem nenhum pudor.

Em meados da semana,
Noites felizes de verão
E nos fins desses dias
Os versos tristes da canção.

Planos e palavras perdidas,
Que no quarto viraram pó,
Massificada em paixão,
No peito de uma poetisa só,

Sonhos criados numa retina lisa
De um desejo sem visão,
Cravados em pontos diversos,
Mas nunca em lugar de oração.

Num papel reconhecido no legal
Deixa as primeiras declarações de amor
E ninguém poderá afirmar
Que a poetisa esquecida jamais te amou.
Na mesma proporção que paixões são efêmeras,
O amor inexiste.
Ama-se pais, filhos, alguns amigos.
Apaixona-se por pessoas e corpos e coisas.
Mas acaba! Acaba sempre.
A paixão é a primeira a abandonar a sanidade.
E uma vez sofrido as conseqüências desse abandono,
Abandonamos nós a paixão.
E tudo volta ao normal.
Ao menos para quem simplesmente viu.
Nunca para quem o viveu.
Aos poucos vai se abrindo a mão.
Vendo. Com dor,
O que um dia, acreditamos ser eterno
Ganhar outra forma, outra roupagem,
Temos atitudes que
Jamais teríamos,
Falamos coisas que não são verdades
Agimos de maneira estranha
Pra provar, seja lá pra quem for,
Que somos mais nós.
Que somos únicos e inigualáveis e
Que tudo não passou de uma festa.
Como se a maldita paixão
Não tivesse gangrenado o coração.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O post foi tirado, mas o recado e a promessa continuam!
Apenas uma, uma única mensagem e eu farei valer!

terça-feira, 7 de abril de 2009

FECHADA PRA BALANÇO

Não te enganes com meu sorriso
Nada tem nele de felicidade.
Tão pouco minha voz calma e baixa
Representa a paz do meu coração.
Há em mim um vazio gélido, cálido.
Quase nada há pra me reconhecer.
Nada de força, nada de fé.
O grito que não dei
Ecoa no meu coração.
Não julgo como tristeza,
Sempre achei não está preparada.
E quando me atrevi a viver, caí!
Descobri, na minha sombra,
Que não existem molas, nem cordas.
E não tenho vontade de subir.
Sinto agora que preciso ficar aqui.
Só, no silêncio, na noite, no frio,
Me permitindo a segurança que deixei escapar,
Na sombra que criei pra mim.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Eu procuro em cada rosto
Uma parte do sonho que perdi
Numa rua, numa praça,
Num caminho que não escolhi.

A certeza que tinha
Se foi com a chegada do pensamento
E os velhos vultos são meus alentos.

Olho para frente, sempre.
Mas algo me faz vacilar
Tenho no rosto o sorriso seguro
Que meu coração que enganar.

E se passa por mim o tal sonho perdido
Ainda não pude ver.
Ele passa por mim escondido
É sonho que não pude ter.
Reagir...acordar.
Ainda que necessário
Rasgar o que se leu, escreveu.
Esquecer lua, sol, Sé.
Matar os girassóis.
Cultivar cravos, jasmins.
Ainda que preciso
Mudar de autor, compositor.
Esqueça a música, o lugar.
Renove, mude, mate.
Negue, sempre.
Sim! Negar! Comece por isso.
E tudo vai acontecer diferente.
Aceitar o que não se pode mudar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Poemetes Diversos - Tripla Inspiração

Eu, vi.
Vi você cantar alto e sorri como criança.
Vi seus olhos enchendo de lágrimas
Com lembranças boas.
Vi você de pé, num barco, gritando.
Coisas que só pra nós fazia sentido.
Vi você lindo.
Vi seus sonhos e desejos.
Senti tua alma, e tua vida.
Eu tinha perto,
Um mar de champanhe,
Lua e estrelas.
Mas foi você que me inebriou
Foi em você que eu consegui
Perceber isso junto.
E a você que decidi
Entregar o meu amor eterno
Naquela noite de maio.

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De todas as estrelas
Que já pude ver
Tu és a mais linda
Clara e reluzente
A que mais aquece meu coração
A que dedico meus dias e noites.
A que, de tamanho fascínio,
Me faz rir e chorar.
Não há hora em meu dia
Que não perceba o teu brilho
E não há chuva à noite
Que me faça esquecer-te.

**************************************

Eu escolho a solidão
Nela não mora meus medos,
Não mora meus sonhos
Não mora minhas desilusões.

Eu escolho minhas noites com sol
Nelas tenho tudo que amei,
Guardado na parede,
Na lembrança.

Eu escolho as palavras não ditas,
Elas não me iludem,
Não me acariciam.

Eu escolho o que sempre tive,
A certeza do que mereço,
Só lembrança de um beijo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu amei, claro!
Posso dizer que sim.
Fui feliz, cantei e escrevi esse amor.
Juntei lua, sol, letras e flores,
Dentro de um sonho que acabou.
Foi tudo muito mais do que podia.
Eu chorei sim, claro!
De dor, tristeza e solidão.
Juntei silêncio, frio e escuridão,
Dentro de um coração que ficou.
Que hoje bate ao som de um violão.
Sem nota, sem corda, sem vida.
E tudo foi muito mais do que podia.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ADAPTADA

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, cantora, mágica, poetisa.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de brigadeiro.
Já me cortei depilando as pernas.
Já chorei ouvindo música a noite.
Já tentei esquecer algumas pessoas,
Mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda e doeu, doeu muito.
Já fiz juras eternas e não fosse pela distancia imposta, as teria cumprido.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
E me olhando no espelho.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr do sol cor de rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi vodka até sentir dormentes os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro.
Já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor,
Mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém encantador.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre,
Mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo,
Mas descobri que logo chegam novos,
E a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas,
Momentos fotografados pelas lentes da emoção,
Guardados num baú, chamado coração.
E agora essa questão me interroga, me encosta na parede e grita:
Quem sou eu?".
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: eu.....eu...........
Será que ser "plantador de sorrisos" é um bom quem sou eu?
Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Quem sou eu? Quem sabe? se a todo momento tudo se renova...?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ESPELHO.

Eu te olhei e tu choravas.
Procurei teus motivos, tuas razões, tuas mágoas.
Mas só via as lágrimas.
Estendi a mão pra limpar teu rosto.
E tua mão me empediu.
Querias os soluços de tuas tristezas.
E deixei encontrá-las.
Olhas-te perto, alí atras.
Toquei o meu próprio rosto.
Eis que teu pranto me molhava.
Não fui tua amiga.
Quis ver-te chorar.
E quando percebi teu cansaço,
Dei-te as costas, não fiquei a te olhar.