terça-feira, 18 de junho de 2013

De repente posso ser criança, pedindo para Deus me ler o mesmo livro. Mas Deus não o lê. Ele fechou o livro para mim, mandou-me aprender outra história, encantar-me com outras palavras. Eu chorosa, triste, nada mais posso fazer se não, seguir Seu mandado. Deus é um pai amoroso e rigoroso, sabe a exata hora de determinar e executar seus feitos. E embora o vazio me consuma numa tristeza que outrora experimentei, sigo suas palavras. Vou lendo meu novo volume, de olhos naquele que deixei. Isso não me deixa perceber o quanto de encanto vou perdendo da minha nova leitura. Deus observa meu descontentamento e num ato mais severo, tira o livro do meu campo de visão. Eu não entendo, não consigo compreender. Que mal há em ficar observando?! Sem mais nada há fazer, volto com mais afinco pra minha leitura atual. Começo a absorver as palavras, começam a tomar forma e vida. Eu me perco. Medo! Receio! Eu fecho o livro de súbito. Sinto falta da outra escrita. E aos poucos me dou conta que quase nada mais dela me lembro. Isso me dói. Esquecer assim, algo que só me fez mais culta, lembro de trechos, passagens, paisagens. Pensado eu que estava escondida de Deus, deitei meu livro no chão e fui sorrateiramente atrás da minha história esquecida. Ansiosa, temerosa... como trela de criança. Pego meu livro preferido, aquele cujas palavras me consomem, me inebriam, me tomam em um mundo onde a magia e o real esta na mesma página. Coloco-o entre minhas mãos, cheiro, folheio e finalmente abro. Sinto que algo mudou. Minha expectativa pela leitura não foi saciada pelo ato. Minha frustração foi quebrada por um barulho. Olha para trás, e vejo Deus. Sereno, calmo, com meio sorriso nos lábios, uma mão estendida para mim, e um olhar doce de quem esperava me ver. Baixei a cabeça com vergonha e Ele segurou meu rosto, para olhá-lo nos olhos. Disse-me com a ternura de um Pai. Para eu não me envergonhar da minha persistência, mas para aprender com ela. Ele sabia que eu iria de encontro as suas ordens, sabia que eu iria procurar meu antigo livro. Fui dotada de capacidade e inteligência para questionar tudo que não me satisfaz, mas Ele sabia também que o que Ele determinou era o melhor pra mim, que depois de minha curiosidade e teimosias saciadas, ficariam apenas o arrependimento e a frustração. E que por conta própria eu voltaria o meu lugar, de onde eu jamais deveria ter saído e retomaria minha leitura atual, como Ele havia determinado. Explicou-me também, que um livro acabado, deve dá lugar a outro, a outras histórias, outras viagens, outros mundos. Que não é saudável ler e reler e reler as mesmas páginas. Que o melhor é mesmo não entendo os escritos, passar adiante, para se focar em outro conteúdo. E desfrutar do que essa outra história, pode nos oferecer. Não significa que nunca mais leremos o livro antigo, mas que a hora, o tempo determinado por Deus, pra nós, requer que passemos pra outros contos, poesias, outro tipo de literatura. De repente sou adulta, e começo a agradecer a Deus, por tudo que Ele me ensinou!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vamos à uma aulinha de português: CORRUPÇÃO: Ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde favorece uma pessoa e prejudica outra. Tirar vantagem do poder ou situação atribuida. Corrupção vem do latim corruptus, que significa "quebrado em pedaços". O verbo corromper significa "tornar se podre". Então, ir as ruas, protestar, falar, esbravejar, chamar de ladrão, exigir direito, educação, saúde, enfim... respeito, de nada adiantará se você que vai pra rua ainda quiser subornar o guarda de trânsito quando for multado, fur fila, usar a lei do foda-se no trânsito, quiser tirar vantagens num acidente acordando indenizações com o culpado do mesmo, vender seus voto, mentir em audiência quando convocado como testemunha, ajuizar ações mentirosas, usar de má-fé nas defesas, andar nos acostamentos quando está tudo engarrafado, ficar com troco errado, não dá o direito dos acentos reservados... enfim, coisinhas que os ditos honestos, amam fazer, por que estão com pressa, ou é a primeira vez... Mas que no fundo, a definição é uma só. CORRUPÇÃO! Mudemos o País, porém mudemos nós!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tão forte e tão distante. Um vazio marcante, Que fere, que mente. Num segundo sou ateu, No outro, sou temente. Pensamentos iguais Em caminhos diferentes. Se num dia sou a força, No outro sou carente. Voou com pé no chão, Queda em mente. Falo com meu silêncio, Escrevo na solidão. Ando descalça, na chuva. Aqueço meu coração. Tão forte e tão distante. Sinto o vazio chegar, Me acompanha solidão.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cara - a - Cara

Palavras de um coração frustrado: Palavras de Nelson! Quero ver a sua cara, Quando um belo dia, Nos acasos desta vida, Só por ironia, A vida nos deixar, Cara a cara outra vez. Você vai estar marcado, Com certeza, Pois o tempo não perdoa E destroi a beleza, O tempo é que nos faz, Todos iguais. Você vai procurar então, Ver no meu rosto, O que ficou Do meu velho desgosto, Das coisas todas, Que você me fez. E então, Num riso descarado, Vou lhe dizer, Não tenho mais passado, Eu me esqueci de vez, Do seu amor. Quero ver o seu cabelo branco E desarrumado, Seu sorriso entristecido, Falso e desbotado, E suas mãos cansadas, De tanto lutar, Quero ver no seu olhar, Um pouco de loucura, E sentir na sua voz, Um tanto de amargura, Remorso, Pelo que você me fez. Talvez, Eu vá sentir então, Um pouco de piedade, Quando notar que a felicidade, Você não teve, A vida lhe negou, Vou rir, Meu riso debochado, Quando souber Que tudo deu errado, Que era eu por fim, Seu grande amor. Quero ver a sua cara, Quando eu for sincero, E lhe disser Que ainda lhe quero, E lhe disser Que eu ri, pra não chorar. E então, Juntar os pedaços da gente, Beijar você Apaixonadamente, E ser feliz Pela primeira vez. E então, Juntar a tristeza da gente, Beijar você Num beijo doce e quente, E ser feliz Pela primeira vez. E então, Juntar o que resta da gente, Beijar você De um jeito diferente, Fazer o amor Que a gente ainda não fez.