sexta-feira, 16 de abril de 2010

Viver por viver

Mesmo que eu olhe pro céu,

Tentando enxergar você

A estrele que vejo,

Faz-me entender,

Que o mundo de sonhos acabou,

Que a luz que vejo no céu, apagou

Não representa mais o brilho

Do seu olhar.

E tudo que parecia meu,

O mundo ganhou!

Mergulho no mar, pra te sentir,

E a mesma água que antes batia em mim

Hoje queima meu coração!

Num ato de gratidão,

Deixo cair minhas próprias gotas salgadas.

Que rolando pelo meu rosto,

Ganham à imensidão.

E assim, eu clamo a Deus,

Ou pra te tirar de mim,

Ou pra me levar daqui!

Dessa vida que não quero ter,

Desse amor que posso conter.

Dessa vontade de correr os teus passos,

E encher o vão dos meus braços,

Do tudo que és pra mim.

Entre o tudo que és

E o nada que tenho,

Ficaram guardadas

Pequenas palavras soltas ao vento.

E eu louca paro pra ouvir.

Caminho num campo de ilusões

Vejo uma flor, que nem pétala restou,

Não há bem – me – quer – mal – me – quer ,

Há, nem ver, mas me ter,

E no viver, por viver,

Eu clamo a Deus,

Ou pra te tirar de mim,

Ou pra me levar daqui!

Dessa vida que não quero ter,

Desse amor que posso conter.

Dessa vontade de correr os teus passos,

E encher o vão dos meus braços,

Do tudo que és pra mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vazio mesmo é perder a solidão.

Querer o silencio,

O só, o nada, o vão!

Acumular vozes perdidas na mente.

Tentando esconder o que sente.

É se ver envolto em um mar de rostos.

Preferindo o infinito do poço.

Querer cair no “eu”.

E esbarrar em todos.

O que terá de seu,

Alguém que até a solidão perdeu?

A loucura talvez,

O escudo de sempre,

A mentira outra vez.

Esboçar um riso,

Quando a vontade é chorar,

Falar manso,

E no íntimo gritar,

Ter o corpo aquecido,

E sentir o coração gelar.

E no tempo que se perde

Tentando não desistir

Vou maquiando minhas dores.

Criando um vazio em mim.