quinta-feira, 26 de maio de 2011

ETERNIZADO - dedicado

Cultivarei a força em mim de deixar livre tua alma que é doce.
Porque nada te poderei dar senão a expectativa de esperar-te.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
Não posso te prender porque em teu ser tudo estaria terminado.
Deixarei apenas que surja em mim uma fé de um dia ser considerada.

Cultivarei a força em mim... e encostarás tua alma em outra alma.
Teu dia se enlaçará em outro dia,
E vais fazer questão de acordar na madrugada.
Pra tocar a vida de quem queres em tua vida!

Mas não te deixarei livre e triste.
Porque me descobri na tua face e ouvi a tua voz.
Porque a realidade que tenho, não me serve mais.
E trouxestes até mim o silencioso desejo em essência.
De ser verdadeiramente amada!


Cultivarei a força em mim do ficar só.
Mas me deste muito mais que poderias... a minha verdade!
E tudo que levo de ti, são palavras.
Gravadas na minha mente em tua voz presente,
A tua voz ausente, do teu – EU eternizado!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Meu Lado Nunca Lido, Visto ou Ouvido!

Meus amores, meus amados, meus amigos e irmãos! Depois de um longo e tenebroso inverno (como diria minha avó), voltei para vocês, com gosto de vitória. Muitas, das mais diversas possíveis. Vamos aos esclarecimentos gerais: - Parei nesse tempo pra viver coisas que jamais pensei em passar na minha vida. Dos piores, aos melhores acontecimentos. Como alguns ou todos sabem, há dois meses exatos perdi uma pessoa que, pra mim, era o exemplo de perfeição, de carinho. Meu Tio, que me criou como pai. Porém mesmo antes dele falecer, tive minhas primeiras impressões desfeitas. Se isso me pegou de surpresa? Nem preciso comentar. Não canso de dizer que tristeza e decepção me deixam fisicamente doente e foi exatamente o que aconteceu. Mas a vida amanhece sempre, os dias passam e as prioridades continuam decepção à parte. Caminhei, engoli, vivi, não posso dizer que passou, mas ficou como experiência, das piores, mas ficou. E exatos um mês, tive realmente o grande encontro com o famoso e perfeito Deus. Ele testou minha fé, minha capacidade de agir e força. Ele testou meu limite de frieza e por muito, muito pouco eu não desabo. É notório, pelas minhas palavras que muito pouco há de razão nesse texto. O escrevo em caráter de desabafo, pois em poucos momentos me permito esse luxo. Fui criada pra ser forte, pra não chorar, pra não ter medo, mas principalmente se os tenho, não demonstrar. Talvez isso tenha criado uma carcaça de aço polido sobre meu corpo, talvez isso até tenha me ajudado a superar situações que por muitas vezes, ouvi “não sei como você passou por isso”, mas enfim, passei. Decidi, nesse encontro com Deus, que não perderia mais ninguém que amo. Não impus isso a Ele, não o obriguei a deixar Clara viva. Mas falo sem vergonha alguma, que me ajoelhei no chão por diversos momentos e implorei com toda humildade que podia ter, pra que Ele não a levasse também. Falar sobre isso me deixa com um nó na garganta. Tipo, se sentimentos pudessem adquirir um estado físico, esse seria sólido. Clara passou +- 11 dias em coma na UTI, respirando, comendo, e tendo quase todas as funções orgânico/vitais sendo exercidas por meio de aparelhos. Com 15% de chances de sobreviver (palavras dos médicos). Isso pra mim foi demais. Mas, enfim, isso também passou. O medo, a angústia, a tensão. Deus tirou tudo isso e deixou apenas uma Clara se recuperando e a certeza de Sua misericórdia.
No decorrer desses dois acontecimentos realmente importantes, tiveram os de menos importância. Há começo, meio e fim de um relacionamento, mais comédia que romance, e meu aniversário, que como todos já sabem, não comemoro. Não posso reclamar de monotonia na minha vida. Pelo contrário, as vezes queria um tempo a mais pra dormir, pra ler, pra simplesmente não fazer nada, como as pessoas normais. E não posso! Não estou reclamando em absoluto. Estou apenas constatando! Aliás, constatar foi uma coisa que fiz nesse tempo. Nesses últimos dois dias, eu refiz todo meu trajeto, desde que me foi dado tantas responsabilidades. Confesso que fiquei um tanto deprimida. Acabo de fazer 32 anos... Gente, isso é muita coisa. Não tudo que eu possa viver, certamente, mas o suficiente, pra perceber que quando algo está errado na nossa vida. Se não é o algo, é a vida! E foi justo nesse erro que me foquei. Sucessivos, seqüenciais, enfileirados. Os mesmos sempre! Sem nada de diferente um do outro. Os mesmo enganos, as mesmas histórias, as mesmas mentiras e por fim, o fim! Salvo alguns momentos em que consegui abrir meu coração pra um amigo em especial, nunca, nunca mesmo me senti a vontade de falar o que realmente sinto! Nunca me permiti parecer frágil, carente, só. E o fato é que esses sentimentos estão gritantes em mim agora. De uma maneira que eu não consigo mais esconder. Foco em outras situações, procuro me deter em assuntos que deveriam ser mais importantes, ocupo minha mente com outros problemas alheios. Mas o que sinto, continua aqui, vivo e dentro de mim. Não sou adepta do vitimismo, falso moralismo ou omissão! Mas percebi que são justamente os três pontos na minha vida que venho cultivando sempre. Estou preferindo pensar na fatalidade dos acontecimentos ao invés de lutar pra que eles não aconteçam, minto pra mim, finjo que não ligo, me mascaro, falsifico meus sorrisos, pra não demonstrar que na verdade, eu apenas quero que alguém olhe pra mim e veja que não estou bem. E pra completar, estou omitindo não o que sinto, mas o que sou, o que quero em essência. E que quero é não apenas cuidar, como sempre foi, mas ser cuidada. Não quero apenas mostrar segurança, quero sentir. Quero me sentir a vontade pra chorar quando tiver vontade e não esconder essa vontade mudando de assunto, olhando pros lados, ou fingindo uma rinite. Quero me sentir amada de verdade. Por alguém que não seja perfeito, mas queira ser perfeito pra mim. Não quero alguém que me abra a porta do carro, ou puxe a cadeira quando eu for sentar, nem que pague minhas contas, por que isso não são demonstrações de afeto e sim de educação. Quero alguém que abra um mundo de felicidades e possibilidades reais, que puxe minha orelha quando eu estiver errada (e eu estarei em alguns momentos), sem que eu mesmo no meu insuportável autocontrole tenha que fazer. Quero alguém que me traga uma jujuba, sem nada pra dizer, ou comemorar, por simplesmente saber que eu adoro jujuba. Não quero tapetes vermelhos, exaltação, noites românticas (não o tempo inteiro). Quero alguém real, com vida real, sonhos e problemas reais, mas principalmente, que me queira dividindo tudo isso! Não por que eu apenas precise disso agora, mas por e principalmente por merecer.

sábado, 21 de maio de 2011

Já andei por tantas terras
Já venci mil guerras
Já levei porradas, dominei meu medo
Já cavei trincheiras no meu coração

Descobri nos pesadelos sonhos mutilados
E acordei no meio de anjos cansados
De serem usados pela solidão

Ah! Meu coração é um campo minado
Muito cuidado, ele pode explodir
E se depois de tão dilacerado
For desarmado por quem há de vir

Alguém que queira compensar a dor
Plantar o sonho e ver nascer a flor
Alguém que queira então me residir
E explodir meu coração de amor

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Procurei tão fundo entender
E quando consegui
Perdi o que de certo havia em mim.
Descuidei do meu tempo
E ele foi passando por mim,
Sem que ao menos eu percebesse.
E pra recuperar meu espaço.
Jogo ao vazio todo passo.
Nos braços de quem não me quer ter.
E nada é fácil de assistir.
Ou me moldo ao acaso,
Ou o acaso se passa por mim.
Que passe as horas pelos dias,
E os dias pelas vidas,
Das vidas que em mim tiveram fim.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Velório

No geral, acontecimentos tristes me são enxurradas de inspiração. Sempre fui dada a pensamentos melancólicos e nostálgicos, mas quando algo de muito ruim acontece, como a morte ao meu redor, tenho a necessidade de escrever.
Eu vi aqueles rostos. E embora eu quisesse expressar meus sentimentos, apenas conseguia olhar. A dor emocional tem o poder de me calar e na mesma proporção, acelera o meu metabolismo mental. Em suma, nada falo, mas observo, vejo e processo absolutamente tudo.
Vi choros sentidos e sinceros, bem como não me passou despercebido os artísticos, dignos do Oscar. Ouvi lembranças de alguns e piadas furtivas e de péssimo gosto de outros. Vi e ouvi “amigos” falando mal, e conhecidos distante, prestando suas honrosas e sinceras homenagens e palavras de consolo. Observei pés nervosos, sem conseguir parar um só instante, também palavras fúteis, colocadas propositalmente para consolar ou aliviar a densidade do ambiente, na tentativa de acalentar um coração em cálidos e gélidos pedaços. Enquanto um cachorro circulava entre os presentes de uma maneira tão atrevida quanto despercebida. E uma criança que passeava inocente e alheia a tanta dor. Haviam máscaras, muitas. A da dor e pesar fingidos e as de fortaleza e controle emocional inabaláveis. Justo uma dessas que mais me doeu. O constrangimento de um filho flagrado chorando, escondido num canto qualquer, tentando inutilmente me convencer que, os reais motivos de seus olhos inchados e rosto molhado se deviam ao excessivo calor daquela manhã.
Falou-se de quase tudo nas seguidas horas. Jogos de carta, doces roubados e brincadeiras por cima do muro, parentescos e tempo da distância, e até do próprio calor. Ative-me por vezes e sem demora a conversas tão fúteis quanto possível. Entre uma Ave-Maria e outra, comentários desnecessários, no pé da orelha de um ou de outro, na tentativa vã de me desligar, afastar meus pensamentos, olhos e ouvidos, daquela avalanche de sentimentos, vontades e péssimas lembranças que aquele cenário me trazia. Porém o pior ainda estava por vir, e de fato não tardou. O desespero incontrolável de uma filha, ao ver o caixão se fechar, colou meus pés no chão, e pudesse eu comparar meus sentimentos e angustia a um estado físico, estaria o meu naquele dado momento em estado sólido e localizado inconvenientemente entre meu peito e minha garganta. Lembrei de Keyla e do desespero que tive ao ver aquela mesma cena. Logo eu, que sempre tive pavor de cenas e exibição, que nunca chorei em público e me desagrada bastante o fazê-lo, me vi envolta desses mesmos sentimentos novamente. Olhei, procurei, mas nada, nem ninguém estava disposto a abrir mão de seu próprio pesar em prol do outro. Mas tinha ela, a filha, e embora alguns segundos tivessem se passado, ninguém pareceu perceber que ela se afastara do meio, querendo não assimilar a cena que acabou de ver. Nada pude fazer, ou nada mais falso poderia sair de minha boca, do que as palavras que disse: - Vai passar, vai passar. E mesmo eu querendo muito me parecer sincera, mesmo eu querendo fervorosamente acreditar nas minhas palavras, eu tinha uma consciência me lembrando cruelmente, que pra mim, ainda não havia passado.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Filosofia à R$ 1,00.

Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano.

Errar é humano. Colocar a culpa em alguém, então, nem se fala.

Príncipe que nada, bom mesmo é o lobo mau: Ele te ver melhor, te ouve melhor, te pega melhor e ainda te come.

Eu queria morrer como o meu avô, dormindo tranqüilo... E não gritando desesperadamente, como os quarenta passageiros do ônibus que ele dirigia!

Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam... Não é bonito, mas é profundo.

Homem é igual a caixa de isopor: é só encher de cerveja que você leva pra qualquer lugar.

O café excessivamente quente, em copo plástico, reduz em dois terços a potência sexual do homem: Primeiro queima os dedos; depois a língua...

Nas horas difíceis da vida você deve levantar a cabeça, estufar o peito, olhar adiante e dizer de boca cheia: Agora fud#$%@&*!

Eu bebo pouco, mas o pouco que bebo me transforma em outra pessoa, e essa outra pessoa sim, bebe pra caramba!

Qual é a principal diferença entre frustração e desespero?
Frustração é quando você pela primeira vez não consegue dar a segunda...
Desespero é quando você pela segunda vez não consegue dar a primeira...

Estudos comprovam que a posição sexual que os casais mais usam é a de cachorrinho : o marido senta e implora... a mulher rola e finge de morta...

Não beba dirigindo! Você pode derrubar a cerveja.

Não se ache horrível pela manhã: acorde ao meio dia!

Aprenda uma coisa: o mundo não gira em torno de você.... Só quando você bebe demais.

Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro é perto da sogra, pois não há raio que a parta!

Quem come prego sabe o C.... que tem.

E a melhor de todas: A loucura é prima puta da filosofia.
Povo lindo que amo! Por motivos de força maior, arquivei o post "O Velório". Todos os comentário foram registrados e serão respondidos na medida do possível.
Bju GRANDE no coração.