terça-feira, 19 de maio de 2009

Na mesma proporção que paixões são efêmeras,
O amor inexiste.
Ama-se pais, filhos, alguns amigos.
Apaixona-se por pessoas e corpos e coisas.
Mas acaba! Acaba sempre.
A paixão é a primeira a abandonar a sanidade.
E uma vez sofrido as conseqüências desse abandono,
Abandonamos nós a paixão.
E tudo volta ao normal.
Ao menos para quem simplesmente viu.
Nunca para quem o viveu.
Aos poucos vai se abrindo a mão.
Vendo. Com dor,
O que um dia, acreditamos ser eterno
Ganhar outra forma, outra roupagem,
Temos atitudes que
Jamais teríamos,
Falamos coisas que não são verdades
Agimos de maneira estranha
Pra provar, seja lá pra quem for,
Que somos mais nós.
Que somos únicos e inigualáveis e
Que tudo não passou de uma festa.
Como se a maldita paixão
Não tivesse gangrenado o coração.

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