quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ESPELHO.

Eu te olhei e tu choravas.
Procurei teus motivos, tuas razões, tuas mágoas.
Mas só via as lágrimas.
Estendi a mão pra limpar teu rosto.
E tua mão me empediu.
Querias os soluços de tuas tristezas.
E deixei encontrá-las.
Olhas-te perto, alí atras.
Toquei o meu próprio rosto.
Eis que teu pranto me molhava.
Não fui tua amiga.
Quis ver-te chorar.
E quando percebi teu cansaço,
Dei-te as costas, não fiquei a te olhar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema. abraço

Catarina de Queiroz disse...

Muito sensível.