Num dia desses ou, numa noite dessas
Você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou,
Ou, sei lá, pela sua vida,
Quando de repente,
Por detrás de uma árvore, apareço eu!!!
Mescla rara de penúltimo mendigo
E primeiro astronauta a pôr os pés em vênus.
Meia melancia na cabeça,
Uma grossa meia sola em cada pé,
As flôres da camisa desenhadas na própria pele
E uma bandeirinha de táxi livre em cada mão.
Ah! ah! ah! Você ri...
Você ri porquê só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
O semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim,
Juro, vem, vem, vamos passear.
E assim meio dançando, quase voando
Eu te ofereço uma bandeirinha e te digo:
Já sei que já não sou, passei, passou.
A lua nos espera nessa rua é só tentar.
E um coro de astronautas, de anjos e crianças
Bailando ao meu redor, te chama: vem voar.
Já sei que já não sou, passei, passou.
Eu venho das calçadas que o tempo não guardou.
E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
...talvez chegar ao sol, pois eu te levarei.
Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
Quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
E com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.
Louco, louco, louco, louco, louco!
Como um acróbata demente saltarei
Dentro do abismo do teu beijo até sentir
Que enlouqueçi teu coração, e de tão livre, chorarei.
Vem voar comigo querida minha,
Entra na minha ilusão super-esporte,
Vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor.
Ah! Ah! Ah! Do Vietnã nos aplaudem:
Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
E um anjo, o soldado e uma criança
Repetem a cirandaque eu já esqueci...
Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando.
Que sou eu? sei lá, um... um tonto, um santo, ou um canto a meia voz.
Já sei que já não sou, nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Derrete com teu beijo a pena de viver.
Angústias, nunca mais!!! Voar, enfim, voaaaarrr!!!
Ama-me como eu sou, passei, passou.
Sepulta os teus amores
Vamos fugir, buscar,
Numa corrida louca o instante que passou,
Em busca do que foi, voar, enfim, voaaaarrr!!!
Ah! Ah! Ah! Ah!...
Viva! viva os loucos!!!
Viva! viva os loucos que inventaram o amor!
Viva! viva! viva!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Deixamos o amor passar
E depois nos lamentamos
Por que ele não aconteceu.
Deixamos a vida nos levar
E depois reclamamos
Que não somos culpados
Vemos a distancia se estabelecer
E acreditamos nela
Como o melhor pra nós.
Medíocre perspectiva.
De sonhos, sempre sonhos,
Nada mais que sonhos.
E quem inventou essa história
Do melhor sempre vence?
Não existe um melhor.
Existe o mais insistente.
Alimentamos os nossos medos
E se são eles que corroem nossos desejos
Então somos nós
Os verdadeiros culpados de nossos fracassos.
Por que se um dia
Eu acordar e quiser dançar na rua
Em ritmo de valsa
Um som de Janis Joplin
Lembrarei que foi a
Maior loucura que já fiz.
E como posso ser feliz
Se eu mesmo taxo minhas vontades
De loucura.
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